11 de fevereiro de 2005

em de-talhe

O RECONHECIMENTO BUROCRÁTICO
Em 2001, José Ramos, um 1º Sargento da Força Aérea P., foi a pedra basilar na torre de controlo da Base das Lajes, para que um A330, aterrasse em relativa segurança, após cerca de meia-hora sem combustível.
O trabalho do piloto é inquestionável, mas sem as orientações de José Ramos, fundadas nos seus cálculos de tempo, velocidade, distância e altitude, é praticamente certo que o aparelho se teria despenhado, e com ele, 300 pessoas perderiam a vida.
O reconhecimento do sangue frio deste militar, aconteceu 4 anos volvidos, sob a forma de um louvor da FAP, entregue friamente através da Secretaria da Base; sem honra nem glória, sem pompa nem circunstância.
Bem sabemos que era a sua obrigação, fosse militar ou civil. Mas será isto, remotamente comparável com o reconhecimento pelo Presidente da República, a 2 dúzias de inúteis armados ao pingarelho por se terem classificado em 2º lugar no Euro 2004, quase com honras de Estado?
Há qualquer coisa de errado e perverso nisto. Este país transpira por todos os seus poros este tipo de situações absurdas, revelando a total ausência de equlibrio que um país sóbrio e organizado deveria ter.

2 comentários:

ARV disse...

Não Bandido, o que seria do senhor sem mim... e das suas adoráveis chagas...

EM ROID HALL disse...

caro ARV, sou forçado,também, a concordar consigo. Ainda para mais quando hoje que é dia de luto nacional por alguém que, em minha opinião, mais não fez do que ingerir uns quaisquer cogumelos de efeitos alucinogénicos, e que, por esse motivo deixou meio mundo a acreditar em descomunais broas...
adeus