7 de janeiro de 2005

à tout propos (103)

RECEITAS EXTRAORDINÁRIAS
Este assunto gastronómico não é certamente o meu forte, ainda hoje sobrevivo com as receitas que a minha boa mãe teve a generosidade de me transmitir quando fui para a Bélgica. E não inovei um milímetro ou especiaria. No entanto, dada a especial apetência pelos partidos políticos por este tema e pela criatividade que têm demonstrado no governo, não me posso evidentemente alhear. Afinal, é essa a minha responsabilidade enquanto cidadão.
Por conseguinte, afirma desta feita o Partido Socialista que não recorrerá a receitas extraordinárias para manter o défice público abaixo dos 3% do PIB. É compreensivel que assim seja, embora esta tomada de posição se me afigure mais como um esgotamento da criatividade do que a garantia de um principio de gestão das contas públicas. Não há muito mais para vender. A Guterres, Durão e Santana, pouco terá faltado para vender as suas almas a um mefistófoles já cansado das promessas de Fausto.
Em todo o caso, modéstia à parte, creio ter a solução. E que tal se vendessem o Alentejo aos espanhóis ou aos franceses?
Com essa maquia resolviam dois problemas: dava para encher o Tejo de pontes, Lisboa de aeroportos e os bolsos de dinheiro; e libertavam os alentejanos do lodo em que nos meteram.

2 comentários:

EM ROID HALL disse...

Desculpem a intromissão, mas não seria também possível enviar o sr. flau e restante séquito (sr. alexandre varela, sr. manel maria, e margarida). Eu acredito que para miséria já chega a que eles lá têm, mas tentar não custa, não será por mais três ou quatro corpos numa vala comum que eles ficarão pior do que o que já estão. Rogo-vos, no entatnto, que se auto-desparatizem ( ou façam-no uns aos outros, se preferirem) porque aqueles coitados já são assolados por epidemias que cheguem.

Pontapés violentíssimos nos olhos é que eu vos desejo.

ARV disse...

Mas afinal, Sr. Bandido, não bate a bota com a perdigota. Como é que o Sr. ironiza com a improdutividade do país (e a subsídio-dependência) e em simultâneo opõe-se à «venda, doação ou algo que o valha» do Alentejo, com o argumento de que o país deixaria de beneficiar de fundos comunitários. Explique lá isso aos leitores, fachavor...

Se o Sr. gosta de vinho tinto, como pode defender uma coisa dessas?