6 de janeiro de 2005

em de-talhe




BBC VIDA SELVAGEM: PARASITAS
Os parasitas intestinais são pequenos vermes que vivem no trato intestinal. Os mais comuns são a Áscaris Lumbricóides, Ancilostomo Duodenale, Trichiuris Trichiura, Ténia Saginata, Ténia Solium, Amebas e Giardia.
As causas mais frequentes relacionam-se com o acto de comer selvaticamente alimentos crus, inexistência de hábitos de higiene, ingestão de água contaminada, contacto com excremento humano ou animal... Não dar atenção à unhaca utilizada para palitar dentes também está associado à ocorrência de parasitagem no aparelho digestivo.

Entre os vários sinais e sintomas, os mais notados são a barriga volumosa, intensa e desenfreada coceira anal seguida de gazes fétidos, vontade de comer terra, lamber cinzeiros, coceira anal e nasal, eventual diarreia, ranger dos dentes, olhos brilhantes, pupilas dilatadas, irritabilidade e incontinência urinária. Há quem arrote ininterruptamente, libertando descontroladamente uma pestilenta e viscosa espuma pelos cantos da boca.
Certos são os permanentes vómitos mentais acompanhados de espasmos esquizofrénicos, indiciadores de personalidade múltipla e sociopatia.
É aconselhável, diante de um ou mais sintomas, submeter-se a exames laboratoriais de fezes para diagnóstico e ao Teste Rectal da Cenoura: dada o especial apetite destes parasitas por cenouras, é comummente aceite entre a comunidade científica que «a cenoura não engana». Nos casos mais graves, aconselha-se o suicídio.
Alimentando-se nas entranhas e do sangue, estes parasitas podem chegar a medir 8 metros de comprimento, comodamente instalados nos intestinos. Os mais familiares, nocivos e inteligentes são as Ténias. Conseguem inclusive comunicar com o exterior em nome do hospedeiro e através deste, libertando a referida espuma.

As ténias têm uma cabeça chamada escolex, com ganchos que lhes permitem agarrar-se à parede intestinal do seu hospedeiro. Também se agarram a ideias, sem no entanto conseguirem reproduzir mais que chorrilhos acrisolados.
É no entanto assombroso como estas criaturas podem chegar a ser tão grandes, demonstrando-nos como pode ser tão diversa, estranha e maravilhosa a vida na terra. Não obstante, a agonia para o hospedeiro, não é certamente maior do que o mal-estar e putrefacção que gera à sua volta. Têm preferência pelas pessoas idosas.

Nos casos menos graves recomenda-se somente a adopção de hábitos de higiene, desde que respeitado um pequeno período de quarentena (7, 8 anos costumam fazer a diferença). Para tornar o tratamento mais eficaz, aconselha-se a inoculação diária de um dentinho de alho de Xabregas no ânus, devidamente descascado e lavado e à profundidade de um dedo médio vulgar. É totalmente desaconselhável a introdução de outros objectos no canal rectal, a não ser os prescritos pelo médico e na presença deste.

Em todos os casos que temos acompanhado, a actividade destes parasitas conduz o hospedeiro à obstipação, provocando um insuportável prurido e ardor anal. Esta sintomatologia prevê, por sua vez, o desenvolvimento de enormes caroços que mais não são que dilatações de vasos situados na porção mais inferior do recto e no canal anal, denominadas veias hemorroidais.
Infelizmente não têm cura. Consegue-se viver com elas, embora as repercussões ao nível das disfunções mentais e odoríficas tendam a permanecer.


Dr. Soyus Carrothands
(Investigador principal no Centro de Estudos de Doenças Epidemiológicas e Microbiológicas do Hospital Universitário de Brazzaville)

5 comentários:

ARV disse...

LAPSO

Por lapso, as legendas das fotografias não foram editadas. Desde já apresentamos o nosso pedido de desculpas. De acordo com o Dr. Soyus Carrothands, as duas imagens na horizontal referem-se a hemorroidas em avançado estado de decomposição, enquanto a imagem de baixo, de interpretação mais prosaica, é evidentemente uma Ténia.

EM ROID HALL disse...

Deveras me satisfaz essa sua explicação do conteúdo das fotografias ,visto que, por momentos, pensei tratar-se da sua própria fotografia em vários planos. Isto é, pensei que finalmente tivesse tido coragem para dar a cara, mas, pelo que me apercebi, faltou-lhe essa coragem e optou por mostrar ao mundo as mazelas resultantes do tratamento precário que confere às suas cavidades anais. Terá vossa Excelência, porventura, já pensado em amputá-las?
Faça-me um favor, quando for assolado por ideias lancinantes como esta, guarde-as para si, a humanidade não precisa, neste momento, de tomar contacto com imagens de autênticas tragédias. Mais, as imagens do sudoeste asiático ao pé das suas são um verdadeiro colírio para os olhos.

Vá-se tratar

ARV disse...

Afinal, Sr. EM ROID HALL, fazia-o na sua quarentenazita, como de resto lhe aconselha o distintissimo Dr. Soyus Carrothands. Rogo-lhe que se não desoriente nesta hora que suponho ser de aflição.

Por falar em desorientação, é minha obrigação esclarecer V. Exa. que não é do «sudoeste asiático» que se trata essa tragédia, mas sim do SUDESTE ASIÁTICO. Um pouco mais à direita.

Não admira que essa desorientação o impeça também de ver com clarividência por onde pisa e o que leva à boca, arrastando-o inevitavelmente para a degradação física em que a inexpugnável objectiva o encontrou. Para bem da sua saúde, dê ouvidos aos que lhe querem bem.

Lamento essa propensão à confusão, mas suponho que será alguma ténia a falar por si. A partir de agora, considero-o ininputável e não responsável pela sua diarreia mental.

Boas melhoras e não esqueça de telefonar ao Dr. Carrothands, que está em cuidados. Leve uns bons kilogramas de cenouras, se não é pedir muito.

ARV disse...

Ah, já me esquecia... como o Sr. disse, e muito bem, PENSOU que seriam minhas as fotos que aparecem. Lamento.

E por falar em coragem, deixe-me repetir-lhe o meu verdadeiro nome: ALEXANDRE VARELA.

ARV disse...

O Sr. Bandido afinal dá mostras de ser detentor de uma esperteza invulgar. Atenção às companhias, Sr. Bandido... olhe que se pega, segundo indicações do Dr. Carrothands...
A propósito, já resolveu o seu probleminha técnico?