11 de outubro de 2004

à tout propos (22)

SONDAGENS
Após a afluência em massa a três sondagens de opinião que decorriam em simultâneo neste nosso espaço, e tendo sido respeitados todos os preceitos da validação sociológica da coisa - com amostra representativa e tudo - surge o momento esperado da divulgação dos resultados. Mas antes ainda, não podia deixar de agradecer a todos quantos colaboraram com estas sondagens e em especial aos que votaram mais que 5 vezes em cada sondagem. A todos agradeço com eterno carinho.
Assim, a primeira questão referia-se à probabilidade de o PS continuar a governar em Évora e ao que parece, o eleitorado eborense encontra-se muito dividido pois 1/3 dos votantes respondeu não embora 1/5 tenha afirmado com convicção que Zé Ernesto vai ter que continuar a lutar com os seus antigos camaradas e com os actuais. É também 1/5, a proporção do eleitorado indeciso.
Muito mais estranha é a votação referente à abstenção eleitoral, tema a que me dedico meia hora por dia com afinco sempre que me acho na casinha. Os resultados não deixam margem para dúvidas: 60 % dos votantes declaram não ter votado porque não lhes apeteceu. São uns mansos que se desculpam com o «estava muito trânsito» (pois, num Domingo em Évora é engarrafamento pela certa na entrada do Feira Nova) ou com «tinha muito que fazer» (pois, como ver a bola, coçar a micose no sofá, tirar uns macacos do nariz e atirá-los às louças da avó Julieta). Enfim, uns mansos. É que nem uma só alma - dentre milhares de votantes - confessou que não votou porque o raio da política é só fezes ou então porque todos juntos não fazem um. Nada, um deserto.
Finalmente, quanto à questão que incidia sobre a actuação do Presidente da República, vejo que tenho aí uns laranjinhas infiltrados... 60% dizem estar de acordo com a manutenção do governo pelo que terá o Presidente feito muito bem em dar o ceptro ao Rei da Cananga do Japão. Ainda houve 30 % que estavam partidários de novas eleições.
E como se pode ver, é este blog uma coisa muito democrática. Por isso, é altura de substituir estas votações por outras. Uma certeza: o rigor tendencioso na parcialidade está desde já garantido...

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