28 de novembro de 2004

à tout propos (61)

AS FRASES DOS OUTROS
Após o Cisma finalmente despoletado por Aníbal Cavaco Silva no Expresso de ontem, o fim-de-semana ganhou a animação que qualquer fim-de-semana deve ter para quem trabalha e não se contenta com o Canal Odisseia, as idas ao Colombo ou com o mau estar provocado pela animada noite anterior. Desde já, manifesto os meus agradecimentos ao Sr. Professor.
Já agora, dizia ele o seguinte: «é chegado o momento de difundir na sociedade portuguesa um grito de alarme sobre a tendência para a degradação da qualidade dos agentes políticos» apelando para a urgência de os agentes políticos competentes afastarem os incompetentes.
Em bom rigor, ninguém pode ficar indiferente a esta tomada de posição, justamente vinda de um ex-Primeiro Ministro, ex-líder do PSD. Inclusive Mário Soares, Freitas do Amaral entre outros já vieram a terreiro corroborar a opinião do Professor. Porque será, Lopes? E a crítica não remete unicamente para os membros do actual governo, não senhor... E nos outros órgãos de soberania? e nos outros partidos políticos?
São inúmeros os exemplos, a crítica já é anedótica e a pressão será insuportável, mas são eles [governo e Durão Barroso] e o Dr. Jorge Sampaio, os responsáveis pelo tombo que Portugal está a dar, inclusive com gracejos por toda a Europa.
Ficam mais três deste fim-de-semana:
"Para Pedro Santana Lopes, honra lhe seja feita, a amizade é um posto. Hoje, dadas as circunstâncias, é um posto de ministro ou de secretário de Estado" (Nelson Veiga, A Capital, 27-11-04);
"Morais Sarmento juntou ao que já tinha os Assuntos Parlamentares. A química entre os membros do Governo foi notável: Gomes da Silva nem protestou, Sarmento nem agradeceu" (Luís Filipe Borges, A Capital, 27-11-04);
"Cavaco apela, então, ao regresso «à vida política partidária de pessoas qualificadas, dispostas a servir honestamente a comunidade». O condottieri está pronto. Sigamos o cherne. E quanto a Lopes, paz à sua alma." (Ana Sá Lopes, Público, 28-11-04)
PS: entretanto Henrique Chaves, o amigo de longa data que Santana recrutou para seu escudeiro, demitiu-se do cargo de Ministro do Desporto, Juventude e Reabilitação, acusando o primeiro-ministro de falta de "lealdade e verdade". http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=1209532&idCanal=34.
«Quem tem o poder para o fazer, que acabe de uma vez com esta fantochada!» (ARV, www.intenuilabor.blogspot.com, 28-11-04)

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