21 de dezembro de 2004

à tout propos (82)

VOLUME NÃO IDENTIFICADO ATRASA PRIMEIRO-MINISTRO


Segundo fontes oficiais, foi detectado ontem no avião que levaria Santana Lopes de Lisboa ao Porto, um «volume não identificado».

Ao que parece, logo após a saída de um blindado que parou junto ao avião, os 16 seguranças terão subido em bloco para o avião, rodeando e transportando em cadeirinha o governante, evitando assim o eventual rebentamento de minas anti-pessoal.
Desta forma, asseguraram de imediato no interior da aeronave, um perímetro de segurança de dois metros, o normal nestas situações (recorde-se que no Air Force One é de cerca de 2 metros e 15).

Por outro lado, este tipo de procedimento diminui consideravelmente o risco de um ataque terrorista. Há indícios da CIA, que apontam Pedro Santana Lopes como um potencial alvo de peixeiras, professores, operários fabris e um ou outro marido.

Deste modo, é perfeitamente justificado, diga-se de passagem (en passant, para os mais eruditos), o helicóptero com canhão lazer a equipa dos GOE que ininterruptamente fazem segurança ao Primeiro-Ministro.

Ora, no meio da algazarra e concentrados em identificar possíveis bombistas suicidas, os 16 guarda-costas desprezaram completamente o que Santana havia de identificar como sendo um jornal e não a Caras (como havia solicitado), tendo exclamado de imediato: «eu não me sento ali, não é essa a minha maneira de estar na política, o povo português ja me conhece, por isso tenham lá a santa paciência mas não me sento ali

Não havendo mais lugares disponíveis e visivelmente agastado, decidiu regressar ao conforto do blindado e ali prender o burro. Se já houvesse TGV, com o nosso poder de compra, certamente teria muitos lugares vagos… e algumas caras bonitas, com certeza.

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