20 de junho de 2005

Oruele, não podia ter respondido melhor

É com particular satisfação que publico um comentário de um leitor ao post "O Triunfo dos Magistrados, por Oruele". Confesso que a estultícia do Manoelinho faz «mossa» e a prová-lo, a necessidade de adoptar o seu modelo já conhecido de publicação de comentários de leitores. Para além da dica quanto ao tamanho da letra...
Resta-me agradecer a ambos, ao Manoelinho pelos constantes desafios proporcionados por cada visita e a Uselesscells, pelo contributo a uma «interrogação» que havia ficado no ar.

Segue a transcrição parcial do texto.
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(…) “Parece-me que as “corporações” do nosso país se estão a mover, no sentido de impedir qualquer alteração ao seu “status quo”, o que aliás era uma reacção completamente espectável. O que me choca é o total despudor, a embaraçosa tibiez de argumentos, a incestuosa relação com os “media” (aliás a maior e mais poderosa de todas as “corporações”) com que elas pretendem mudar a opinião pública, e provocar o recuo da despudorada ofensiva.
Para já encenam-se manifestações de Funcionários Públicos (40 ou 50 mil pois o PCP não consegui alugar mais autocarros), descontentes com a perda de “direitos adquiridos”, os Professores marcam-se greves para dias de exames, para a “defesa inequívoca dos seus direitos” (esquecendo-se, como é óbvio dos direitos adquiridos pelos alunos – que aliás são a razão da sua existência); Juízes e Promotores pretendem “lançar o caos” nos tribunais (onde são agentes de destaque e obviamente co-responsáveis pelo deplorável estado da Justiça, do qual agora parecem querer alijar todas e quaisquer responsabilidades), dos Médicos e Enfermeiros esperamos movimentações, pois dos Farmacêuticos já vimos o “filme”.
Das outras “corporações” esperamos notícias, pois elas não devem tardar. Não esquecendo, as reacções de determinada Classe Politica, a verdadeira construtora, gestora e protectora de todo o “establishment” corporativo.
Tudo isto era previsível, mas continua a chocar-me, parece-me que o Eng. Sócrates (não fui apoiante da personagem) está a remexer na ferida, com ou sem demagogia, com ou sem habilidade, o que é certo é que está a mexer-lhe, e claro que já se ouve o estertor e o cheiro que começa a chegar-me é nauseabundo (tal é o cheiro do “monstro”), mas temo que seja só o começo.
Será que o “povo” irá ceder à manipulação? Para já o “estado de graça” parece manter-se (vide ultima sondagem). Até quando? Talvez só até ao aumento do IVA…


Uselesscells


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