9 de fevereiro de 2006

Três é Gente a Mais

Invariavelmente, o anedotário contempla sempre três figuras quando se pretende pôr a nu a comparação entre povos, características pessoais e personalidades: «estava um português, um inglês e um francês...». Normalmente para enaltecer as qualidades ou virtudes de um dos «nossos». Em muitos casos, regozijamo-nos com os ardis, espertezas e manhas. Isso é que leva o gentio, da jocosa exaltação às lágrimas.

«Somos» os melhores naturalmente, mas porque razão é preciso plantar na anedota justamente mais dois elementos, perfeitamente acessórios, quando a anedota foi elaborada para nosso gáudio? Logo, terminando como «nós» quisermos e sem necessidade de acrescentar os figurantes, pode-se atalhar caminho e dizer de rajada: «nós é que somos bons! Nós somos os melhores, nós o povo eleito!». Ponto final e parágrafo. Sem mais argumentos, rodeios nem o raio que o parta.

Poupa-se tempo, saliva, expectativas e não deixa de ter piada

2 comentários:

Ghanito disse...

Coido que na Galiza somos iguais que em Portugal, alomenos nisto.

Ghanito disse...

Obrigado pela visita ó norde da "raia".