17 de setembro de 2008

à tout propos (304)

A confusão instalada acerca dos papéis reservados aos governantes e aos governados é preocupante. Alguém faça o favor de esclarecer o Secretário-geral da APETRO (Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas) que, quando o ministro da economia expressou o seu desejo de redução dos preços dos combustíveis - acompanhando a descida do preço do crude - está a falar como governante e não como cidadão consumidor. É compreensível que alguém na família de Manuel Pinho também sinta as dificuldades financeiras resultantes da alta dos preços do combustível. E que se solidarize. Mas será demasiado leviano que seja acusado de não estar a falar enquanto governante por desejar a descida dos preços dos combustíveis. Em primeiro lugar, porque se está a reportar às tendências de mercado. Em segundo lugar, porque os prejuízos para uma economia refém dos combustíveis e condicionada por estes é francamente maior do que a redução dos lucros das empresas petrolíferas e francamente menor do que a colecta fiscal de um país inteiro a trabalhar.
Finalmente, convém também alertar o senhor Secretário-geral que o sector que representa não é a única clientela do governo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Se apostássemos nas energias renováveis a nossa dependência do petróleo seria uma gota no oceano, na imensidão de problemas que existem no mundo.