Interrompo este longo silêncio para declarar que, invariavelmente, os argumentos dos opositores ao casamento entre homossexuais resvalam na torpe difamação ou no mais profundo obscurantismo intelectual. Acabo de assistir a um debate na televisão em que um se detém sobre a origem cronológica do casamento civil para queimar tempo e outro demonstra inequivocamente o seu restritíssimo entendimento sobre a natureza de um Estado laico. Quanto ao PS, representado num outro debate pelo deputado Jorge Strech, manifesta-se disponível para estender o direito matrimonial aos casais homossexuais quando os mamíferos puserem ovos. Felizmente não foi preciso tanto para banir a escravatura, caso contrário, ainda os nossos governantes estariam à espera de uma boa oportunidade para o fazer.
2 comentários:
Eu ainda não percebi qual é o problema das pessoas opositoras ao casamento, por que na realidade não é nada com elas.
Aqui trata-se apenas da questão de duas pessoas do mesmo sexo terem a opção de escolha de casarem ou não casarem.
Poder escolher, é um acto de liberdade.
Suponhamos que viviamos numa sociedade, em que o que era autorizado era o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
As pessoas que pertencessem a sexo diferentes e tivessem uma relação não podiam casar, não tinham essa opção.
Não é injusto que não pudessem casar, apenas porque pertecem a sexos diferentes?
Um absurdo, diriam muitas vozes.
Pois como o é, os casais do mesmo sexo.
Opção de escolha para todos, sem discriminação.
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