23 de novembro de 2008

Conspiracy, she wrote

Quando o deputado socialista Paulo Pedroso foi libertado e recebido em apoteose na Assembleia da República, a democracia portuguesa protagonizou então um dos episódios mais degradantes da sua curta existência. A presunção de inocência não podia legitimar a clara tentativa de colagem da suspeita que recaía sobre Pedroso, à suposta cabala política que só as mentes mais engenhosas organizadas em loja maçónica poderiam ter levado a cabo. Naquela ocasião, Pedroso foi transformado em preso político libertado dos grilhões da ditadura e mostrado à populaça como demonstração da virtude e da reposição da justiça.
Não satisfeita, a democracia portuguesa está prestes a repetir o feito. Em Portugal, a separação de poderes é uma ficção de terceira categoria só comparável aos piores programas da TVI. Paulo Pedroso recebeu uma indemnização por «prisão ilegal» e, porque somos gentis, equidistantes e atenciosos, as vítimas também.

1 comentário:

Anónimo disse...

Palavras para a justiça portuguesa: confesso que as que me surgem não são de todo favoráveis.
Parece que os criminosos saem impunes, sejam do processo casa pia, sejam os administradores dos bancos privados que roubam e enriquecem à descarada.
O pobre do contribuinte, ai dele se não paga os impostos e as contas.

Vivemos no pais da republica das bananas, da fantochada.
Dantes a fantochada tinha o fantoche-mor na Madeira, agora reproduziram-se aos magotes e a palhaçada é total neste país à beira mar plantado