"Como é evidente, esta rapariga trabalha a soldo dos americanos com o objectivo de desestabilizar o tolerante e idóneo regime iraniano".
Há quem pense realmente assim e por essa via procure diabolizar os americanos e todo o mundo ocidental. Não se lhes pode negar esse direito. Faz parte de uma formatação mental que não se pode esperar tolerante, flexível ou autónoma. A mesma de que são acusados, com justiça, os agitadores do fantasma comunista.
Fundamental, fundamental, é pressentir que acontecerá a estes jovens o mesmo que aconteceu à geração da Primavera de Praga, cujo sonho seria concretizado vinte e um longos anos depois. O mesmo que sucede actualmente na China, vinte anos depois de Tiananmen. Protestos com esta violência e este tipo de repressão não são artificialidades das sociedades industriais. São próprios de regimes totalitários, aqui designados eufemisticamente por teocracias.
A dignidade humana não pode ser, evidentemente, cúmplice do fanatismo religioso e do domínio absoluto.
2 comentários:
uma martir... da CIA
O fanatismo seja do que quer que seja, porque associado à ignorância, é de um atroz perigo
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