26 de setembro de 2009

Uma vitória estrondosa do administrador da TAP

Estima-se que as perdas da TAP resultantes da recente paralização dos pilotos, rondará os 10 milhões de euros. Aproximadamente menos dois milhões do que aquilo que custaria à transportadora aérea se atendesse às reivindicações de aumento salarial.

6 comentários:

EM ROID HALL disse...

Não entendo o teu post. queres tu dar a entender que, já que o custo de uma solução se aproxima do da outra, se devia ter acedido à reivindicação dos pilotos? espero bem que não.

ARV disse...

No post é constatado um facto. As leituras que se podem fazer são variáveis. É evidente que neste tipo de reivindicações há, pelo menos, duas partes e as suas respectivas motivações. E há, também, a possibilidade deste tipo de rupturas quando esgotada a via negocial. Estou certo que a Administração da TAP saberá como manter pessoal motivado...

ARV disse...

Excerto da notícia:

"Os pilotos reivindicam um aumento salarial, uma proposta que a administração da companhia recusou. "Queremos a reposição do poder aquisitivo perdido ao longo de 10 anos, 31 por cento desse poder aquisitivo foi perdido ao longo desse tempo. Estamos 25 por cento abaixo dos nossos homólogos na Europa e nas empresas a operar em território nacional somos os 5.º mais mal pagos", disse o comandante Hélder Silva".


A TAP é uma empresa pública com capitais privados e o que o comandante Hélder Silva estaria a sugerir é que a TAP era melhor quando pertencia integralmente ao Estado. Talvez tenha votado no Bloco de Esquerda na expectativa de ver a TAP nacionalizada.

À margem desta polémica e com consequências realmente dramáticas é a constatação do 24º suicídio praticado por funcionários da France Telecom no espaço de ano e meio. Em todos os casos observou-se uma relação directa entre a gestão «desumana» de uma organização outrora irrepreensível e o desespero.

São legítimas, as reivindicações dos pilotos? Uma coisa é certa, em matéria de «piores» ordenados da Europa, não estão certamente sozinhos...

De qualquer modo, para além de bem e mal, cabe à administração da TAP a resolução deste problema. E cabe ao governo pagá-lo, como sempre.

Todavia, de um ponto de vista meramente económico (é nesse sentido que estão a evoluir as gestões de muitas empresas aéreas, nomeadamente com o aumento do risco associado à «poupança» na manutenção das aeronaves), a administração da TAP não ganhou muito com a inflexibilidade. Por três motivos: não há excedente de mão-de-obra; as perdas são iguais à poupança; a desmotivação dos pilotos levá-los-á a novas acções de protesto.

Anónimo disse...

se caminhamos em direcção da desumanidade em prol de mais lucros para as empresas e nos vendem a banha da cobra que é de interesse nacional e que a evolução é isto: combato a toda a hora a desumanidade, a violação dos direitos humanos

Anónimo disse...

Mas, em época de crise, não é justo que indivíduos com ordenados chorudos reclamem aumentos salariais. ou é?!

Anónimo disse...

Quimonda: salário inferior ao salário minimo

Tyco: ex trabalhadores readmitidos om salários mais baixos e com maior precaridade de condições de vinculo


Muitos mais exemplos existem de desumanidade existem