3 de junho de 2004

à tout propos (2)

EXPRESSIVIDADES CONTEXTUALIZADAS
Ao enveredar por este tipo de expressão cibernética, não posso esquecer outras formas de expressão de afirmação de uma individualidade, e por sinal se tornam para mim menos aliciantes, constituindo-se como pontos de auto-flagelação típica de um peixe sem guelras.
Falo, evidentemente do falar em público. Acontece que existem variadíssimas formas para falar em público. Ocupar-me-ei de duas apenas e que reflectem uma tipologia bastante simples:
1. Falar para audiências amigas;
2. Falar para audiências hibridas;
3. Falar para audiências hostis;
Concerteza que esta simplicidade não tem continuidade real pois que a realidade assume uma plataforma de multicausalidade que passa pela segurança, motivação, à vontade com o tema, satisfação de necessidades fisiológicas, etc, etc.
Quanto a mim, normalmente fico inibido quando tenho plateias de pessoas desconhecidas, ilustradas e/ou arrogantes. Creio que sucederá com uma grande parte das pessoas. Agora, se numas situações estamos em condições de devolver a arrogância, adoptarmos uma postura de superioridade ou ignorar os presentes, em outras circunstâncias tal poderá não ser sequer ponderável. Os prejuízos poderão ser imensos e manifestar-se a partir da tradicional «branca» ao vexame... Já vi ambas as situações, felizmente nunca passei por nenhuma.
Por outro lado, é extraordinário como alguns indivíduos conseguem elaborar um discurso vazio de conteúdo, desconexo, por vezes troglodita, sem que ninguém ponha em causa. Na política temos aos magotes, é certo. No próprio governo. E nós, quedamo-nos.
Talvez me tenha acontecido também a mim, sempre que me dirijo a pessoas, seja num colóquio ou numa reunião de trabalho. Talvez as pessoas não se estejam para se incomodar e pensem apenas: «este gajo....humm». E não pensem em mais nada, deixando as considerações críticas para um próximo que entre.
Assim, para os que não estiveram no dia 27 de Maio de 2004 no Colóquio «Globalização: Desafios Políticos, Jurídicos, Económicos e Culturais», sugiro que se dirijam a www.actae.uevora.pt e acedam a Working Papers.
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