13 de outubro de 2004

em de-talhe


DEIXEM JOGAR A MALTA (II)

De bestas a bestiais ou de vilões a heróis... Após a demonstração que não, que os nossos campeões não estão para brincadeiras ao cilindrarem esta noite o Liechtenstein, perdão, a Rússia (com uma abada de 7 a 1), teremos amanhã todo o tipo de publicações desportivas e não desportivas a elevar aos céus os mesmos que haviam crucificado. Da Bola ao Expresso, passando pelo Jornal de Letras, Artes e Ideias ou pelo Semanário Económico (desconfio que os gajos do Le Monde Diplomatique também estiveram em Alvalade). Lá enaltecerão uns o espírito de grupo, outros falarão das fintas do C. Ronaldo e da magia de Deco, enquanto para alguns o que conta seria a privatização da selecção e cotar as acções em Bolsa.
É curioso como, em estimulando a imaginação, vejo distintamente uma enorme massa amorfa em movimentos pendulares que oscila com a natureza dos ventos. Como quando submersas, as algas dançam ao sabor das correntes. Amanhã os nossos rapazes vão ter as estátuas de volta pois se reconciliaram com o pessoal. É bonito.Parabéns ós gaiatos.

Vislumbro no entanto, um início de fim-de-semana a seco: a selecção venceu por isso não se pode dizer mal; o Marcelo está de férias ou o gato comeu-lhe a lingua e apesar de tudo o Primeiro-Ministro continua em campanha eleitoral. É preocupante... e do que é que a malta da comunicação social vai falar? ALguma coisa se há-de arranjar...
Lá dizia com estonteante profundidade, o namorado de uma prima minha:

Há ondas que vêm
Há ondas que vão
Umas que trazem peixe
e outras... principalmente

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