RETIRADA DA FAIXA DE GAZA
A respeito da (in)decisão do Knesset - por iniciativa unilateral da parte do Likud fiel a Ariel Sharon - sobre a retirada do exército israelita da Faixa de Gaza, dizia com indignação uma colona judia, mais ou menos isto: «mas que decisões democráticas são estas em que o povo não é ouvido?»
Pois... em certas e particulares circunstâncias (quando confrontadas com direitos inalienáveis e universais), a democracia nem sequer resulta lá muito bem respeitando em absoluto essa ideia de espírito do povo, nomeadamente quando este revela uma propensão especial para a selvajaria e crueldade. Nesses casos, a populaça é o principal inimigo da democracia e de si própria.
E não é preciso radicalizar recorrendo a exemplos tristes como o do «povo eleito», quando aqui mesmo, em Portugal, temos com frequência manifestações da mais profunda e irracional bestialidade.
Por outro lado, é interessante notar como, após tantos anos de crueldade, o ancião general Sharon se prepara agora para assegurar o seu cantinho no céu...
Sem comentários:
Enviar um comentário