O Zimbabwe foi hoje a votos, num processo remotamente democrático. Entre as inúmeras razões, entre as quais uma lei eleitoral à medida do «principe» Mugabe, acrescente-se o dispositivo que permite ao vencedor preencher uma parte dos assentos parlamentares com nomeações directas, portanto, lugares não sufragados pelo eleitorado. Todos os mecanismos que restrinjam a acção da oposição são «legítimos» portanto, o vencedor já foi anunciado, sempre com a maioria dos assentos parlamentares e «legitimando-se» assim «democraticamente».
Não é, seguramente este o ideal de democracia que o próprio Executivo do Zimbabwe diz seguir. Portanto, porque não «chamar os bois pelos nomes» e de uma vez por todas assumir que grande parte das pretensas democracias do globo não passam de tiranias, oligarquias, ditaduras ou monarquias encapuçadas. Há ainda tanto por fazer... mas para isso, é preciso que a proópria população evidencie um padrão atitudinal e comportamental próximo dos valores e principios democráticos.
Enquanto isso não acontecer, a democracia no Zimbabwe vai ter que esperar por muitos e lingos anos.
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