19 de abril de 2005

à tout propos (161)

Ainda estou impressionado com a votação ocorrida no conclave.
A democracia moderna foi inventada há 2000 anos e ainda andamos a inventar fórmulas eleitorais e sistemas de partidos, etc., etc., quando basta acreditar e receber a inspiração divina do Espírito Santo.
E, notai bem como foi cuidadosamente acautelada a preocupação em limitar os mandatos com o objectivo de acelerar a rendição da guarda, ao terem eleito um Cardeal de 78 anos.
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Por outro lado, foi incrivelmente impressionante como no momento do anúncio de Joseph Ratzinger, vi pessoas tungirem inconsoláveis enquanto outras manifestaram toda a decepção e frustração por não poderem ver um Papa português. Depois da ponte maior da Europa, da barragem, da feijoada, da árvore de natal e do repolho lombardo, a malta não pôde bradar ao mundo «O Papa é português, ouviu bem? Por-tu-guês! Toma lá e embrulha».
Foi uma pena, mais uma vez tolheram-nos inapelavelmente a confiança e a necessidade de afirmação por sermos bem pequeninos. Ao menos ainda temos o Eusébio, o Figo, o Vasco da Gama e o Santana Lopes.

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