Como sempre, quando os Estados ocidentais (os donos do mundo) se vêm à rasca, não hesitam em lançar mão de medidas proteccionistas, dignas do mais feudal mercantilismo. Esse é o caso da ponderação actual sobre a imposição de quotas à importação de texteis provenientes do gigante chinês.
Sem capacidade de resposta perante aquele colosso, o ocidente lá vem dizendo que é preciso restituir equilibrio ao mercado, etc. e tal... O mesmo sucede com a importação de produtos alimentares de todo o hemisfério ocidental, lesando massivamente os interesses comerciais desses países com as consequências que se conhecem. Os nossos subsídios à agricutura, as quotas de produção e de importação, etc, etc, também se encontram entre o rol de medidas proteccionistas. Desconfio que no caso português, a evasão fiscal estrutural também tenha essa função. A evasão fiscal contribui para a competitividade... de cada um, naturalmente.
Quando é para expandir mercados de consumo, lá estão os mesmos ocidentais a defender a saúde da livre concorrência e as teorias do ajuste de per si empreendido pelos mercados (sem regulação dos Estados). Quando se trata para explorar recursos naturais dos outros ou para beneficiar da mão-de-obra barata, lá estão os mesmos a defender a contrapartida financeira e a integração na OMC, assim como a rigídez do FMI...
É, não é?
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