Só um país como este se permite a existência de um regime governativo com nuances tão distintamente representativas da nossa cultura. Uma ode à representatividade de todas as sensibilidades. Um motivo de orgulho nacional, só comparável ao Euro 2004.
Com franqueza, creio que esta ocasião especial justifica o retorno das bandeiras nacionais às nossas varandas. Eu, por mim, vou desde já fazê-lo porque de facto, só em Portugal se podem encontrar dentro do mesmo regime, nuances de democracia, teocracia, monarquia, oligarquia e até de tirania. Com a particularidade de conviverem em sossego. Somos realmente um país de brandos costumes....
Podemos encontrar de tudo: locais onde de facto a democracia é amada e praticada; locais onde quem continua a mandar é o padre; locais onde um grupo de amigos domina os destinos públicos; e inclusive territórios onde o déspota é uma espécie de Luís XV com tendências claras para assumir como sua, a personalidade do Czar Ivan...
E esse último especimen, podemos encontrá-lo entre duas bananas e uma pipa de vinho da madeira já enxuta. Alberto João Jardim consegue ser isso e muito mais, alucinando delirantemente com uma tranquilidade só possível a quem é verdadeiramente impune.
Não sendo original, impressiona a naturalidade e convivialidade com que se expressa: «há aí uns bastardos na comunicação social... bom, chamo-lhes bastardos para não lhes chamar filhos da puta!». Comovente!!
Temos homem para a Presidência da República: um homem típico e que sabe como animar a chusma! Que mais queremos?
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