Duras são as atrocidades perpetradas no ordenamento do território, pelo próprio Estado português. O governo em conjunto com a Sonae, preparam-se para dar seguimento ao polémico projecto de Tróia.
Posto isto, que legitimidade tem o governo para exigir o cumprimento das regras quando é o próprio Estado a prevaricar? A península de Tróia é uma língua de terreno que pela sua especificidade e fragilidade deveria estar a salvo de qualquer tipo de especulação imobiliária e explorações massivas, que constituem um sério ataque ao delicado equilíbrio ambiental e físico. A exploração turística intensiva só vem pôr em risco a própria sustentabilidade das dunas, sobre-expostas assim à já natural erosão das águas e dos ventos. E não é só das dunas que se trata. Com o impacto ambiental que já está a sofrer, é todo o estuário do Sado que fica em risco, ao ver desaparecer aquele molhe natural, aquela barreira de protecção.
E é contra quaisquer pareceres emitidos (entre os quais os do próprio Ministério do Ambiente), que o governo se prepara para dar uma mãozinha ao benfeitor Belmiro de Azevedo. Pois é, se o digníssimo mester de alfaiataria está moribundo, já o mesmo não podemos afirmar acerca das leis… por que cá, neste Portugalzinho, são feitas por medida…
Não satisfeitos com o lindo serviço nas costas centro-norte e algarvia, a ideia é agora estender as boas práticas ao resto do país? Por que razão, em nome de quê violar regras consagradas, patrimónios naturais insubstituíveis? Em nome do equilíbrio nacional que tanto o PS apregoa e jura defender?
Tanta hipocrisia com Agendas 21, planos municipais de ambiente, Zonas REN e RAN, PDM’s, PMOT’s. Que não se gaste dinheiro com isso, afinal, electrodomésticos ficam bem mais baratos.
PS: já agora, em relação ao traçado do TGV, que tenham o mínimo de bom senso em não duplicar a dimensão dos impactos ambientais, privilegiando o corredor da auto-estrada. A este respeito, devo aplaudir publicamente a Câmara Municipal de Redondo por se opor à hipótese de um traçado alternativo, a cruzar justamente o seu concelho, abaixo da Serra d’Ossa e desviando-se do traçado da auto-estrada. E fê-lo justamente ontem, perante a equipa que está encarregue de estudar os traçados.
Posto isto, que legitimidade tem o governo para exigir o cumprimento das regras quando é o próprio Estado a prevaricar? A península de Tróia é uma língua de terreno que pela sua especificidade e fragilidade deveria estar a salvo de qualquer tipo de especulação imobiliária e explorações massivas, que constituem um sério ataque ao delicado equilíbrio ambiental e físico. A exploração turística intensiva só vem pôr em risco a própria sustentabilidade das dunas, sobre-expostas assim à já natural erosão das águas e dos ventos. E não é só das dunas que se trata. Com o impacto ambiental que já está a sofrer, é todo o estuário do Sado que fica em risco, ao ver desaparecer aquele molhe natural, aquela barreira de protecção.
E é contra quaisquer pareceres emitidos (entre os quais os do próprio Ministério do Ambiente), que o governo se prepara para dar uma mãozinha ao benfeitor Belmiro de Azevedo. Pois é, se o digníssimo mester de alfaiataria está moribundo, já o mesmo não podemos afirmar acerca das leis… por que cá, neste Portugalzinho, são feitas por medida…
Não satisfeitos com o lindo serviço nas costas centro-norte e algarvia, a ideia é agora estender as boas práticas ao resto do país? Por que razão, em nome de quê violar regras consagradas, patrimónios naturais insubstituíveis? Em nome do equilíbrio nacional que tanto o PS apregoa e jura defender?
Tanta hipocrisia com Agendas 21, planos municipais de ambiente, Zonas REN e RAN, PDM’s, PMOT’s. Que não se gaste dinheiro com isso, afinal, electrodomésticos ficam bem mais baratos.
PS: já agora, em relação ao traçado do TGV, que tenham o mínimo de bom senso em não duplicar a dimensão dos impactos ambientais, privilegiando o corredor da auto-estrada. A este respeito, devo aplaudir publicamente a Câmara Municipal de Redondo por se opor à hipótese de um traçado alternativo, a cruzar justamente o seu concelho, abaixo da Serra d’Ossa e desviando-se do traçado da auto-estrada. E fê-lo justamente ontem, perante a equipa que está encarregue de estudar os traçados.
E com tanta coisa para se fazer neste país...
2 comentários:
Huuuummm!!!
Cá para mim deves de ser benfiquista. Pelo menos caseiro és!!! Ouve lá, então no Redondo não se faz nada errado??? Se calhar é por isso que essa maravilhosa urbe (refiro-me ao Redondo)corre sérios riscos de se tornar numa poderosa metrópole e, desta forma, assumir o papel (qual papel?) de líder de uma futura comunidade urbana no Alentejo Central. Já estou a imaginar, uma macrocefalia transtagana com sede no Redondo. Sim, fluxos enormes de recursos a confluir para essa terra maravilhosa. Hordas violentas de mão-de-obra a rumar para a terra prometida. Afinal o paraíso na terra é já ali, ou melhor, já aí. Já agora, já pensaram mudar a designação de CMR para Citty Hall of Redondo, e também de Presidente para Mayor...
Num espectro de megalómania até seriam alterações insignificantes...
Proposta: Redondo a Capital do Império
Abraços da (ainda) capital do deserto alentejano
Aconselharia a não confundir as coisas.
Como qualquer concelho alentejano, o concelho de Redondo enfrenta sérios problemas identificados, que vão da desertificação à falta de qualificação profissional, entre outros, que de resto, são comuns a praticamente todos os concelhos rurais no interior do país.
Bem ou mal, a autarquia tenta dar resposta aos desafios que se lhe apresentam, à semelhança das outras autarquias, inclusive aquelas que lesam profundamente o interesse nacional, delapidando os recursos que lhe chegam do FBM e FCE, assim como de receitas próprias. Recursos públicos, deduzidos das contribuições de bastantes portugueses...
De qualquer forma, este post falava sobre ordenamento do território. E nesse sentido, muito compreensivelmente, é lesivo para os interesses do concelho de Redondo que um «muro» de betão atravesse o concelho, quando já existe um corredor «natural» que é o da auto-estrada.
Pessoalmente, não sou favorável à monocultura do turismo; a nenhum tipo de monocultura, incluíndo a das ideias. Não obstante, o turismo é um sector em expansão e nesse sentido, uma importante actividade económica que poderá significar uma oportunidade para que o concelho de Redondo não continue a ser esvaziado pelo concelho de Évora, que por sua vez é esvaziado por concelhos como o de Lisboa.
Para responder à tua pergunta sobre se em Redondo «não se faz nada errado», não creio ser necessário dar uma resposta. Basta olhares à tua volta, basta olhares para o país em que nasceste, basta olhares para o mundo (numa perspectiva histórica), basta olhares para ti e para mim.
Compete-nos reduzir a margem de erro, concordas?
Abraços para a (ainda) capital de distrito, e só disso.
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