Helena Garrido, Diário de Notícias, 07-04-06
Compreende-se a inquietação do Estado com a saúde pública e com o aumento da despesa em tratamentos de doenças crónicas, provocadas pelo consumo de tabaco. Compreende-se a mesma preocupação por parte das seguradoras, claro.
Faz é pouco sentido proibir o consumo de algo sem proibir o seu fabrico, a sua comercialização e, por arrastamento, as receitas que gera para o PIB português.
Espero sinceramente e para cúmulo destes cuidados maternais, que não me entre pela casa adentro a brigada anti-tabágica com o livrinho das coimas na mão, quando me encontrar sossegadamente a desfrutar de um singelo cigarro depois de um bom jantar (sim, porque manda a racionalidade hedonística, prescindir do restaurante em detrimento do cigarro).
A Lei Seca terá repercussões nos luxuosos bólides dos ministros? Consta que o Código da Estrada não tem...
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