8 de maio de 2006

A Formiguinha

A propósito das primeiras eleições directas no PSD.

Um homem do aparelho partidário e da retaguarda só poderia defender uma solução que se lhe apresentasse como a menos hostil [há largo tempo que se mostra partidário do alargamento democrático às chamadas «bases»], na obtenção de votos dentro do partido. E este posicionamento não secunda tanto o alargamento da participação aos que não vão aos congressos, como a adaptação a um perfil concreto: o trabalho de formiguinha entre as tais «bases» do PSD, ou seja, as várias capelas distritais. Em surdina, na penumbra, recatadamente.

À sua própria imagem, o trabalho de formiguinha, em detrimento da sedução pelo carisma, fotogenia e capacidade de comunicação, cruciais nos congressos. Tudo o que Marques Mendes não tem.

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