19 de setembro de 2006

à tout propos (233)

Dando largas passadas no caminho da imperfeição, no sentido contrário à assunção de um ser totalizante, perfeito. Ou então, estarei em fase de hipermania.

8 comentários:

Anónimo disse...

O perigo do excesso de lucidez é precisamente a possibilidade da sua falta total.

Entra-se inevitavelmente em contra-sensos.

É como se fôssemos barro fresco em círculo, no altar de uma roda de oleiro, conduzidos pelas mãos de um artesão centenário com as pernas mancas.

Bom, felizmente somos barro.

Vários graus de dureza e densidade variável. É conforme a mistura e a idade do artesão.

Baci.

Tichinha

licínia disse...

Bem...há já algum tempo que não visitava este blog e, começo a perceber porquê: a minha ignorância.
Perante tão prodigiosos pensamentos, tão ilustrativas imagens (gosto particularmente do barro moldável, não na roda mas nas mãos do oleiro), sinto-me pequena, tão pouco lúcida.
Definitivamente sou uma mulher de pormenores e não de grandes feitos...
Cumprimentos,

Anónimo disse...

É nestas alturas que o sacana do Toni devia intervir... Eh pá, eu sei que já enjoa, mas não me vem outro moderador à cabeça.

Será que estas duas criaturas estão a falar de uma mesma coisa, embora de formas diferentes?

Vote SIM através do 267777_*_*
Vote NÂO, aqui mesmo

Não sei, a mim parece-me que os pormenores são o início e o meio para os grandes feitos. É sempre um pormenor que os origina. E corresponde normalmente a coisas que nem todos reparam, coisas que nem todos têem, por aí...

Depois, a subjectividade do conceito "grandes feitos" a que nos possamos estar a referir, bom... deixa-nos assim invariavelmente mancos

Na verdade, cara desconhecida, o excesso de lucidez tem destas coisas, como o comprova o seu comentário.Poderá ter um destino ambivalente se não fôr controlado a tempo.

Na boa malmequer. Mesmo.

Margarida azul (OGM)

ARV disse...

Bom, definitivamente, já perdi o controlo disto. Mas quem são vocês?

Palavras de solidariedade e tudo. Estou deveras surpreendidido.

Anónimo disse...

I've got the picture companheiro.

Tens mais ou menos razão. Não perdeste o controlo, mas claro que não convém abusarem de certas brincadeiras...

sob pena do blog se transformar em campo de batalha.

E ao que parece, feminina... potanto, como diz o outro, simultaneamente sublimes e estúpidas (já não me lembro bem)!

Um abraço

THE DUDE

licínia disse...

A The Dude
Após reflexão sobre o valor do seu comentário, o qual não me merece qualquer consideração em particular, apenas duas lamentações:
Lamento ter cruzado o ângulo de filmagem de uma película , cujo argumento não me foi distribuído, pelo que não repetirei o feito.
Lamento que o ângulo de visão dos protagonistas, nos quais se pretende incluir, se limite ao da objectiva.
Cumprimentos,
Malmequers

Anónimo disse...

Bom... eu lamento mesmo é pensar que possa estar de alguma forma eriçada pelos meus comentários ou pela minha tremenda loucura (despropósito propositado)em utilizar um nome tão interessante e tão humorístico como o é o THE DUDE e a película que com toda a certeza já teve oportunidade de ver.

Voçê escreve muito bem, maravilhosamente bem... Eu pessoalmente gosto.

Só tenho pena é que muitos dos papa-livros, filmes, teatros, instalações (????????), work shops, blogs, etc às vezes não papem um bocadinho da "vida real".

É simples, basta sair à rua e olhar à volta.

Fique segura de si. Você é uma MULHER interessante de certeza.
Faz parte eriçar-se, faz parte agredir quem deve ser agredido mas também - e desculpo-a se estiver com o período ou em carregamento de um caixote mais pesado a subir a escada do seu prédio - também faz parte rir da estupidez dos outros e da nossa própria estupidez.


CHARLIE CHAPLIN

licínia disse...

Já sorri...
O eriçar esse, prende-se apenas com um termo, o primeiro dos nove pecados satânicos, descritos em 1987 por Anton Szandor LaVey, a estupidez - "(...)É pena que a estupidez não seja dolorosa. Ignorância é uma coisa, mas a nossa sociedade alimenta-se cada vez mais da estupidez. Depende das pessoas seguirem tudo aquilo que lhes é dito. A comunicação social promove uma estupidez tratada como uma postura que não é apenas aceite mas louvada".
Não me revi de todo no protótipo
Cumprimentos,