27 de agosto de 2007

O Poder da Técnica

Ainda não há duas décadas, a ocasião dos jogos olímpicos e campeonatos de atletismo canalizava as esperanças dos portugueses em ver os seus alcançarem pódios, ao longo das passadas esforçadas mas ritmadas dos nossos fundistas e meio-fundistas. De António Leitão a Rosa Mota e de Fernanda Ribeiro a Carlos Lopes, o atletismo português erguia-se sobre o enorme coração destes atletas e pouco mais... Hoje, é Nélson Évora a conquistar brilhantemente o pódio, numa das disciplinas mais técnicas, o Triplo Salto. A Naide Gomes bate-se numa final do salto em comprimento e contamos ainda com a pré-anunciada medalha de ouro nos 200 metros, pelo extraordinário velocista Francis Obikwelu. Isto significa que hoje, em Portugal, há muito mais pessoas a compreenderem o atletismo. Mas também significa que se registou um salto imenso em condições de trabalho, quer ao nível da profissionalização dos atletas, quer ao nível das infraestruturas dos clubes. O salto qualitativo é notório. Só não se percebe em que curva se perderam os fundistas e os meio-fundistas.

1 comentário:

ARV disse...

PS: confesso qye fui levado pelas emoções ao esperar que Francis Obikwelu alcancasse o pódio na final dos 200 metros em Osaka.
De facto, a prova que fez na meia-final não mancha o seu brilhantismo (20,20 s), apesar de, em Gotemburgo (2006) ter feito 20,01 s, marca ao nível do tempo feito pelo vencedor da sua série de hoje, o jamaicano Usain Bolt (20,03s).