30 de dezembro de 2007

«É para arrancar, Sr. Doutor, tem cáries!»

Não se compreende muito bem, vindo de quem vem. Com a candidatura para a liderança do BCP do, até aqui administrador da Caixa Geral de Depósitos - Santos Ferreira – este governo deu mais um importante passo em direcção ao desmantelamento do Estado, prometido há dias pelo líder da oposição e do PSD – Luís Filipe Menezes. Num momento em que as populações andam em polvorosa porque lhes fecham os centros de saúde, maternidades e serviços de apoio permanente [num quadro geral de dificuldades: pesada carga fiscal, desemprego, diminuição das regalias sociais, baixos salários], Menezes veio a público prometer que, logo que chegue a primeiro-ministro, ocupar-se-á de «desmantelar o Estado». Até aqui não restam dúvidas: o homem é coerente.

Entretanto, sentindo-se ultrapassado pela genialidade de tão inteligente sugestão, o governo deu provas irrefutáveis de que está atento ao país, antecipando de imediato a jogada.

Porém, ao vir agora acusar o governo de tomar decisões quarto-mundistas, Luís Filipe Menezes, homem iluminado e sofisticado, revelou-se uma vez mais um mau perdedor, prestando a sua homenagem à escola santanista.

Daqui se conclui que esta ideia não era mais do que show off do social-democrata, talvez para competir com o outro. Daqui se conclui também, que o homem não queria desmantelar o Estado, coisa nenhuma. É só paleio…



Ionescu, esse, não faria melhor!

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