28 de novembro de 2008

Desconfiança dos portugueses

Segundo o Inquérito Social Europeu, os portugueses estão entre os povos que menos confiam no próximo. Nem é estranho nem é apenas resultado de dinâmicas sociais que se caracterizam pelo aumento do individualismo, pela diminuição das relações face-a-face, pela implosão do núcleo familiar e pela degradação do Estado-nação.

Como é que se pode confiar em alguém, quando um simpático apresentador de televisão, um paternal director de instituição juvenil, um abnegado médico, um insuspeito diplomata, um justo advogado, um digno representante do povo e outros, são suspeitos de pedofilia?

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu só confio em 5 pessoas em mais ninguém.

Anónimo disse...

Penso que, neste caso em concreto, "suspeita" é o termo a utilizar ou não fossem eles suspeitos tal como os seus depoimentos, os seus álibis e, em consequência disso, toda a sua defesa. Penso que se a mesma situação se verificasse entre cidadãos comuns, culpados ou não, a justiça seria bem mais célere. Veja-se o Carlos Silvino a servir de bode expiatório.

Anónimo disse...

E como há pessoas que efectivamente visitam este blog mais do que uma vez por dia (masoquistas sem rumo:-)), resolvi voltar aqui para deixar algo que a sabedoria popular me ensinou. Já diziam, não os mais antigos como muitas vezes lhes chamam de forma depreciativa, mas sim os mais sábios que "Quem não confia não é merecedor de confiança", logo o nosso mal é geral e o ciclo vicioso. Por isso, não admira que nós portugueses tenhamos dificuldade em confiar nos outros ou não fossemos nós conhecidos, em todo o mundo, por querermos entrar de borla em todo o lado. No entanto, confiança é um termo tão lato e abrangente como a palavra "portugueses" por si só. Isto para dizer que confio apenas em alguns portugueses e, mesmo assim não de forma igual. Diferentes pessoas geram diferentes formas de confiança...