28 de abril de 2009

Caldo ma non troppo

Em Évora, a campanha eleitoral para as autárquicas já começou e tem todos os ingredientes para crescer de intensidade à medida que as labaredas lambem freneticamente o tacho. A CDU procurou antecipar-se para dar a conhecer um candidato socialmente desconhecido e explorar o desgaste do actual executivo municipal. O PS parece estar a preparar um contra-ataque que se prevê forte. Com artilharia pesada. No entanto, apesar da situação vantajosa que é conferida pela posse do poder, o PS parece conhecer divisões internas e questiúnculas que são desmobilizadoras e dispersam as forças. Algumas delas explícitas, como é o caso da ameaça de apresentação de uma candidatura independente, oriunda de gente próxima do PS.

Quanto aos restantes… apesar da visibilidade do desempenho protagonizado pelo vereador social-democrata na mediação estratégica entre as duas forças políticas, cremos que o combate será centrado no PS e na CDU, atirando para fora desta aritmética o PSD. Por três razões: o desgaste de oito anos de governação marcados por grande instabilidade, voltam as atenções para o principal opositor; a candidatura comunista de um desconhecido que, sem embargo, não inspira a apreensão que há quatro anos inspirava a candidatura de João Andrade Santos; a conjuntura de crise económica e social, sugestiva de uma viragem à esquerda.
Cabe-lhes convencer os eborenses. Uma tarefa bem mais difícil do que há 30 anos. Se os candidatos afirmam gostar de desafios, ora aí têm um estimulante.

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