30 de maio de 2009

A política portuguesa, sempre, no seu melhor

Em plena campanha eleitoral para as eleições europeias, as quais terão lugar já na próxima semana, a performance dos candidatos é caracterizada por um estranho, quiçá estratégico, silêncio sobre a Europa. Este silêncio diz bem sobre a importância dada às eleições europeias pelos próprios partidos políticos. Exagero? Seria, eventualmente, caso o debate não estivesse centrado nas questiúnculas pessoais e políticas. Como é habitual. Neste particular é de realçar a socialização política a que tem sido sujeito o candidato socialista, Vidal Moreira: já acusa, chama os outros de aldrabões e diz que, a seguir ao guru Pinto de Sousa, é ele o melhor. Uma evolução verdadeiramente darwiniana, de simpático animador infantil a lobo.
Perante este triste cenário em que nem as questões da Constituição Europeia parecem ser suficientemente atraentes para fazer política séria, não me surpreendem comentários de cidadãos como o que ouvi ontem, en passage, acontecido numa conversa entre dois vizinhos anciãos: «são todos iguais, quando lá se apanham, são iguais aos que lá estão». Com muita pena minha, anui e segui o meu caminho porque se há coisa que os velhos têm, é experiência...

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