20 de julho de 2009

Num mundo troglodita

Os registos históricos que dão conta de uma alunagem há precisamente quarenta anos, não estão preocupados com a veracidade das fontes. Como em tudo, há partidários do sucesso da operação e há partidários da versão fraudulenta. Pouco importa se a Apollo 11 levou os três astronautas à lua ou se apenas os transportou de um estúdio de cinema ao restaurante. Estou convencido que a alteração desse dado pouco ou nada influiria na fome mundial e nas guerras.

Mas fico verdadeiramente alterado quando recordo a ignorância de uma estudante universitária há cerca de 10, 12 anos atrás. Mais do que ignorância, a renitência da rapariga em admitir que, historicamente, o «Homem aterrou na Lua», fê-la recuar mil anos, ao tenebroso arcaísmo intelectual da Idade Média. Não era um argumento político que afastava a dita estudante do facto histórico (desmentível ou não). Era, sim, uma troglodita manifestação de ignorância de alguém que, possivelmente, saiu debaixo de uma pedra directamente para uma instituição de ensino superior, na qual, possivelmente também, não lhe foram corrigidas falhas elementares. E isso é que é preocupante [pelo menos para mim, que não faço questão de sair do planeta] porque nos adverte a reflectir sobre como é possível que o sistema formal de ensino dê tantas e cada vez mais borlas a pessoas que o hão-de gerir no futuro...

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