20 de agosto de 2009

Hospital de S. João garante sangue impoluto

O Presidente da Administração Hospitalar do Porto jura a pés juntos que cumpre uma directiva do Ministério da Saúde ao impedir os homossexuais de dar sangue. A ministra diz que não, que o que conta são os comportamentos de risco e não a orientação sexual; que o que conta são critérios objectivos que distinguem o que é do que não é um comportamento de risco…

Por outras palavras, se um sujeito anda a fornicar com animais do mesmo sexo, reconhecida ou não a sua homossexualidade, é indiciador de um comportamento sexual doentio. Se, entre as mulheres a coisa ainda pode passar por «exploração adolescente e ingénua», no caso dos machos, a homossexualidade é uma prática asquerosa e punível com até 1000 anos a arder no inferno porque o cú foi feito para evacuar e não para fazer as vezes de uma vagina, de uma boca ou de uma mão. De um sovaco, no limite. Quanto muito, nos casos extremos de isolamento, admite-se a relação sexual com uma ovelha, desde que seja do sexo oposto.

Em suma, só aos homossexuais platónicos (os voyeurs, os contemplativos) é autorizada a dádiva de sangue. E, aceite-se, às lésbicas, desde que não incluam aventuras com «auxiliares de prazer», seja mecânico ou manual.

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