22 de setembro de 2009

Quem de três, um tira?

Quando se previa - no limite - uma negociação pós-eleitoral a dois, eis que a CDU abandona aquela posição inicial de recusa peremptória ("coligações com o PS, só se esse partido rasgasse o seu programa eleitoral", disse Jerónimo no início da campanha) e, a escassos dias das eleições já vai admitindo que, afinal, «é cedo para falar de coligações». Com experiência em coligações, a CDU - Coligação Democrática Unitária entre PCP e PEV - pode muito bem dar uma mãozinha e entrar nesta corrida a três. E, dado o à vontade do BE com os temas não convencionais, três não são demais... Para o PS, mais conservador, é que pode ser uma escolha difícil entre a paixão arrebatadora e o noivado com a filha do caseiro.

Estratégia de desestabilização à convergência entre BE e PS ou namorisco do PS à CDU, uma coisa é certa: com a maioria absoluta perdida, não passa despercebida a crescente aparição de socialistas nos comícios do PS, como Manuel Alegre e Mário Soares.

Em todo o caso, também não é previsível que Sócrates rasgue o seu programa...

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