16 de fevereiro de 2010

O Mérito, em português


A profecia concretizou-se, não obstante a perplexidade que nesta altura domina os sentimentos dos portugueses com a eleição de Vítor Constâncio para a vice-presidência do Banco Central Europeu. É aquela velha história do mérito à portuguesa, agora a conhecer a internacionalização. Pudorento, o meu avô costumava-se lamentar, a respeito das liberdades consentidas nas primeiras novelas brasileiras: "acham que os de cá já sabem pouco..."
Com a ida de Constâncio para o BCE, há certamente razão para que os Estados Membros se lamentem com a mesma resignação do meu avô: «acham que os de cá já sabem pouco... ainda temos que levar com o este». Este que é, nada mais nada menos um dos mais bem pagos governadores de bancos centrais. Também é aquele da brilhante capacidade de previsão a jusante, mas ao contrário. É o preço a pagar pelo idealismo europeísta...
Entretanto, os portugueses que fiquem descansados com a vaga aberta no Banco de Portugal. Há, neste momento, um rol de candidatos competentes: Armando Vara, por exemplo, está só a resolver uns pendentes e lá para Junho - se este governo se mantiver em funções - já estará «liberto»...

1 comentário:

Anónimo disse...

A europa premeia a incompetência e os fantoches