21 de maio de 2010

Uma moção de censura estratégica para todos

A moção de censura não foi aprovada, para alívio de todos, incluindo o PCP.

Mas, agora a sério... vamos às consequências práticas: José Sócrates contra-ataca em todas as direcções e, habilmente, vitimiza-se alegando uma perseguição bíblica; Jerónimo de Sousa aproveita a boleia da justificação da moção para recordar ao governo tudo o que tem pregado nos últimos 30 anos; Paulo Portas coça as virilhas e troca olhares com alguém da bancada do BE; Pedro Passos Coelho assiste ao debate de pantufas no sofá, pedindo às estrelas que deixem de brilhar a Santana Lopes; Francisco Louçã aproveita para dar uma entrevista à Playboy e disponibiliza-se para passar um fim-de-semana com a professora Bruna Real, com a Xuxa e com o Maradona; Francisco Assis pede um balde de água e uma esfregona para limpar o suco gástrico que lhe escorre da boca, lançando esgares selváticos de cada vez que alguém diz mal do grande líder.

Em suma, a pena capital ao dispor dos parlamentares serviu para consolidar a normalidade da Assembleia da República.

Agora a brincar... Há coisas que não se percebem. Eu, pelo menos, não percebo.

1 comentário:

Duarte Martins disse...

AHAHAH, excelente análise... e eu que pensava que com a saída do Pino e Lino, o parlamento tinha perdido a piada.