À margem da apreciação que os países de lingua oficial portuguesa farão amanhã em Luanda sobre o pedido de adesão da Guiné Equatorial à CPLP (país onde não se fala o português, governado de forma pouco democrática e onde o respeito pelos direitos humanos é uma miragem), o ministro dos negócios estrangeiros português - Luís Amado - afirmava com excesso de formalismo que vê esse processo de forma natural e é sem dramas que as organizações deverão percorrer o seu caminho.
Para além do interesse que os ricos recursos naturais existentes naquele país podem despertar, resta o interesse de passar a existir um país na CPLP com pior imagem internacional que Angola, ou seja, no que respeita à condição de «princípe» absolutista, José Eduardo dos Santos cederá o seu lugar a Teodoro Obiang.
E nisto, organizações internacionais com valores e princípios tão nobres baixam a bitola da sua existência ao permitir sequer que se coloque em cima da mesa a possibilidade de subversão dos seus próprios ideais.
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