8 de outubro de 2010

As medidas intelectualmente mais fáceis

E a taxação das transacções financeiras? E a revisão séria da taxação em sede de IRC da banca? E o offshore da Madeira? E a evasão fiscal sistemática? E a dissolução das empresas públicas/fundações cuja principal actividade se centre na propaganda de Estado, multiplicação tresloucada de despesas administrativas e logísticas e remuneração compensatória de militantes pelos «bons trabalhos prestados»? E a redução de despesa com arrendamentos inúteis? E a redução dos gastos com despesas consideradas de investimento e que sejam consideradas inoportunas? E a inibição de gastos com despesas de representação e outras que cabem a dirigentes e administradores por uma coisa atentatória designada «inerência de funções de direcção»? E a redefinição de uma tabela salarial nas empresas [viáveis] com participação maioritariamente pública compatível com o regime geral? E as medidas de simplificação burocrática, sobretudo nos processos judiciais, tão onerosas para o erário público? E as inconcebíveis despesas com os combustíveis consumidos em família, as telecomunicações à discrição, os almoços de negócios e tanto outro fartar? E a irracionalidade de que são vítimas os profissionais de saúde quando lhes é exigida uma bateria de meios complementares de diagnóstico de custo inimaginável para a maioria dos contribuintes, como forma de se defenderem de eventuais acusações de negligência? E a completa irresponsabilidade de sucessivas gerações de políticos na negociação de créditos, na acumulação de despesa e na mais gritante inabilidade de gestão? E a criação de riqueza que, apesar de não parecer, cabe ao sector privado e não ao sector público?

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