COLIGAÇÃO
Se ainda restavam dúvidas, as mais ténues dissiparam-se este fim-de-semana com o XXVI Congresso do PSD:
1. De cada vez que membros do governo abrem a boca para a comunicação social - que foi eleita como vector prioritário de acção estratégica - uma nova polémica é lavrada. A falta de sintonia é evidente.
2. O unanimismo é perigoso e estamos conversados quando isso acontece artificialmente em torno de uma liderança como a actual, sabendo de antemão como são intensas as forças de oposição dentro do próprio PSD. Pudera... Nem o Cavaco escapou.
3. Exemplo dessa resistência alarve e indesejada, são intervenções como a de Marques Mendes acerca de coligações pré-eleitorais. As mesmas que fizeram vir Rui Gomes da Silva de Barcelos a Lisboa, amenizar as hostes entre o CDS-PP para um encontro de desagravo com Paulo Portas.
4. Mais, no Domingo houve mesmo necessidade de os líderes dos partidos no governo se encontrarem para um almoço cuja urgência se mais não deve do que à necessidade de Santana Lopes garantir a sua lealdade a Portas.
5. Com isto sabemos quem manda e como está o PSD agrilhoado pelo marialvismo, nacionalismo e conservadorismo.
Em conclusão, andamos a reproduzir à portuguesa o clássico conluio que Goethe nos trouxe entre Fausto e Mefistofoles. Só que, neste caso, não foi Fausto que nos deixou este imbróglio, foi uma colectânea de autores...
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