Sucedem-se as brilhantes intervenções de Santana Lopes, agora em pré-campanha eleitoral. É notável - devo confessar - como o indivíduo se permite discorrer numa imensa e impune incontinência mental enquanto reabilita algum do capital político perdido.
Ontem proferiu mais um par de declarações que, por matizarem o seu desorganizado pensamento, já não espantam nem causam a mais ténue surpresa. Mas dentre aquilo que num país decente seria considerado «blasfémia» e alvo de duras implicações, ressalva o melhor do melhor de Santana; o homem faz um apelo aos portugueses para que originem um verdadeiro levantamento popular contra um pretenso embuste político organizado pelo PS e por Sampaio.
Sem querer ser chato, embuste, embuste, recordo-me do que foi habilmente conduzido no caso Moderna pela Ministra da Justiça Celeste Cardona, lembro-me igualmente do embuste com que Sampaio sancionou os portugueses ao nomear um grupo de amigos desajuízados ou até daquele que seria um suave «toque de anca» de Gomes da Silva, que culminaria com o espalhafatoso caso Marcelo. Mas isso são migalhas.
Nunca ouvi o homem aludir à trapalhada das contas públicas e ao sapal em que contribuiu para nos meter, enquanto nos restantes países já se vislumbra na penumbra a almejada bonança. Agora, a crise já não é conjuntural como quando Guterres desertou. A crise estrutural inerente à própria organização do Estado e da sociedade civil, é uma pesadíssima herança que recebemos e que os últimos 3 governos se empenharam em aumentar.
Mas como é que se pode falar da credibilização da política nestes e noutros termos que tenho vindo a enunciar ao longo destas semanas? O problema não está, decididamente, no sistema eleitoral, como alguns pretendem. É normal que seja essa a perspectiva lá do observatório em S. Bento, em Belém, no Terreiro do Paço ou no Parque das Nações. Ao fim de 12 anos estão bem reformados, têm uma boa rede de contactos para qualquer eventualidade e os outros, os incapazes, que aguentem o status quo.
Acontece o seguinte: este sujeito que um dia acordou primeiro-ministro, dá-se a estes luxos de menino beto habituado a troçar dos trolhas que pedem uma mine no tamariz, porque sabe que do outro lado da barricada há um que sempre sonhou passear nas passerelles da alta costura italiana, concluindo que, entre um e outro a distância é a espessura de uma folha de alface.
Mas também sabe, que para o grosso destas pessoas a quem um dia se pôs o rótulo "Liberdade", a democracia não significa mais que uma palavra esvaziada de conteúdo e que em vez de pão, só traz amargos de boca. Para além de que estão encantados com a novela da «segunda dama»...
E é com estes que ambos contam para as eleições de 20 de Fevereiro! E esfregam as mãos porque são tão fáceis de seduzir...
Ontem proferiu mais um par de declarações que, por matizarem o seu desorganizado pensamento, já não espantam nem causam a mais ténue surpresa. Mas dentre aquilo que num país decente seria considerado «blasfémia» e alvo de duras implicações, ressalva o melhor do melhor de Santana; o homem faz um apelo aos portugueses para que originem um verdadeiro levantamento popular contra um pretenso embuste político organizado pelo PS e por Sampaio.
Sem querer ser chato, embuste, embuste, recordo-me do que foi habilmente conduzido no caso Moderna pela Ministra da Justiça Celeste Cardona, lembro-me igualmente do embuste com que Sampaio sancionou os portugueses ao nomear um grupo de amigos desajuízados ou até daquele que seria um suave «toque de anca» de Gomes da Silva, que culminaria com o espalhafatoso caso Marcelo. Mas isso são migalhas.
Nunca ouvi o homem aludir à trapalhada das contas públicas e ao sapal em que contribuiu para nos meter, enquanto nos restantes países já se vislumbra na penumbra a almejada bonança. Agora, a crise já não é conjuntural como quando Guterres desertou. A crise estrutural inerente à própria organização do Estado e da sociedade civil, é uma pesadíssima herança que recebemos e que os últimos 3 governos se empenharam em aumentar.
Mas como é que se pode falar da credibilização da política nestes e noutros termos que tenho vindo a enunciar ao longo destas semanas? O problema não está, decididamente, no sistema eleitoral, como alguns pretendem. É normal que seja essa a perspectiva lá do observatório em S. Bento, em Belém, no Terreiro do Paço ou no Parque das Nações. Ao fim de 12 anos estão bem reformados, têm uma boa rede de contactos para qualquer eventualidade e os outros, os incapazes, que aguentem o status quo.
Acontece o seguinte: este sujeito que um dia acordou primeiro-ministro, dá-se a estes luxos de menino beto habituado a troçar dos trolhas que pedem uma mine no tamariz, porque sabe que do outro lado da barricada há um que sempre sonhou passear nas passerelles da alta costura italiana, concluindo que, entre um e outro a distância é a espessura de uma folha de alface.
Mas também sabe, que para o grosso destas pessoas a quem um dia se pôs o rótulo "Liberdade", a democracia não significa mais que uma palavra esvaziada de conteúdo e que em vez de pão, só traz amargos de boca. Para além de que estão encantados com a novela da «segunda dama»...
E é com estes que ambos contam para as eleições de 20 de Fevereiro! E esfregam as mãos porque são tão fáceis de seduzir...
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