FACADINHAS NA CASA DE PILATOS: A NOITE DAS FACAS LONGAS
Lá para os lados do PSD ninguém se entende, tal é a barafunda. Com os preços exageradamente altos da cicuta, sinal de que a crise afinal afecta os abastados, subiu o consumo e utilização de adagas, cutelos e punhais. Com efeito, depois de um ter abandonado o governo queixando-se de falta de confiança e traição; depois de Santana Lopes ter vindo a público lamuriar que estaria a ser vítima de punhaladas nas costas, vem agora Pôncio Monteiro acusar o Primeiro-Ministro de lhe fazer o mesmo, na sequência da composição da lista no Porto.
Perante este cenário, aconselha o bom senso que qualquer associação (por mais remota que seja) com uma casa em chamas pode queimar verdadeiramente. Assim, é perfeitamente admissível qualquer demarcação que vise distinguir o normal do péssimo. Quem quereria ser confundido com Santana Lopes, depois de o classificar dentro da tipologia da incompetência?
Entretanto, o suspeito e enervante Luís Delgado, no Diário de Notícias, questiona-se se será Cavaco algum Deus.
Concordo que o antigo líder laranja não seja propriamente uma entidade supra-empírica, antes pelo contrário, dentro do PSD, Cavaco parece ser dos que estão mais em contacto com o planeta Terra, que é onde vivemos.
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6 comentários:
ahahaha ahahahaha
1) «Lá para os lados do PSD ninguém se entende, tal é a barafunda»
O mal disto tudo é o facto de existirem apenas em Portugal políticos de carreira, cães de tiro treinados nas Jotas e que não concebem os cargos políticos como os idealmente definidos «servidores do estado». Para estes garotos, um cargo político é uma profissão, um emprego, para o qual não é necessário ter requisitos, e que se deve manter a todo o custo. O custo é o progresso.
Foi prometido um doce ao Pôncio, esse distinto cérebro, do qual depende o desenvolvimento do País. Não lho deram e o gaiato fez birra.
Isto é tudo brincadeiras da canalhada...
2)«Quem quereria ser confundido com Santana Lopes, depois de o classificar dentro da tipologia da incompetência?»
Tal como o sr. Pacheco Pereira afirmou o seu blog, se Sá Carneiro fosse vivo era o primeiro a exigir que o seu retrato saltasse do cartaz. Como não é, vamos fazer o favor de o não confundir com o Sr. Lopes.
3)«Entretanto, o suspeito e enervante Luís Delgado, no Diário de Notícias, questiona-se se será Cavaco algum Deus.»
Mas alguém ainda liga ao Delgado? Notem que delgado significa estreito. No caso, estreito de inteligência.
Moral da história: estamos entregues aos bichos.
Vampire 12
Caríssimo Bandido Original
Como é que não poderia concordar consigo?
No entanto, no meu modesto entender, creio que a chegada a Vice do caudilho Santana é mais resultado de uma estratégia barrosista do que outra coisa. Passo a explicar.
Antes de 2002, após o último congresso perdido por Santana para Barroso (convém sublinhar que vinham de um longo conflito doméstico), Barroso toma a iniciativa clássica da magnitude política, ao elevar o seu rival a vice. Mas não despropositadamente. Durão tem a perfeita consciência que o PSD é um espaço onde se digladiam nos bastidores três grandes espaços políticos: os barrosistas, os cavaquistas e os santanistas, com os últimos a ganharem cada vez maior expressão dentro do partido. Para atacar o poder é necessário um partido forte e unido e como se sabe, a política de alianças dentro do mesmo é talvez a única forma de conquistar o poder porque as alianças externas são encaradas como cartas fora do baralho. Esta é única saída de Durão, mesmo que para isso tivesse que gramar Santana. Repare-se ainda como Barroso tem o cuidado de se rodear de cavaquistas como Marques Mendes ou Ferreira Leite.
O que Durão não sabia era que Guterres se demitiria (facilitando-lhe a tarefa nas legislativas) nem que mais tarde seria chamado à Comissão Europeia... Nem nos seus melhores sonhos.
Este último facto tornou-se de maior importância porque até ali, Santana ocupava como que um lugar honorífico, sem qualquer expressão executiva.
Confrontado com a hipótese de ir para a CE e pela sua ambição desmedida, Durão Barroso opta por entregar o poder a alguém que ele próprio tem por metecapto, pois desde os bancos da escola que o conhece...
Caro Sr. Manel Maria
Registo com apreço as suas palavras. A minha ausência de ontem, afinal notada por V. Exa., deveu-se a compromissos inadiáveis para com a população que honestamente sirvo profissionalmente.
Lamento no entanto essa sua confusão doutrinária. Deixa-me profundamente preocupado com a sua saúde, pois não o gostaria de ver trespassado com facadinhas direitas nas costas.
Caro Bandido Original
O Sr. é livre de escrever para vareylichenko@hotmail.com.
Atenciosamente
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