3 de fevereiro de 2005

Direito à indignação, direito ao repúdio

Após a tirada de hoje do ministro do ambiente, Luís Nobre Guedes, sobre a co-incineração e a obsessão de Sócrates com a mesma, não posso deixar de manifestar aqui o meu direito à indignação; o mesmo que Portas invocou no momento em que saltou em defesa do seu ministro (e lá se vai a imagem de competência e sentido de Estado do CDS-PP).
Não que a co-incineração não seja discutível e possivelmente a pior opção do ponto de vista técnico; não que Sócrates continue amarrado a essa ideia como um burro amarrado a uma estaca; mas o ministro do ambiente perdeu toda a compostura democrática ao instigar os habitantes de Coimbra à desobediência civil, demonstrativa da mais indisfarçável atitude anti-democrática.
Um ministro a sugerir milicias populares com o objectivo de impedir que um candidato em eleições livres e democráticas se desloque aonde quer que seja, é do mais baixo e condenável que já sucedeu nesta magra e desprezível campanha eleitoral.
O meu direito à indignação transforma-se em direito ao mais veemente repúdio!

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