Carrilho por Lisboa e Assis no Porto. E em Évora, quem será o candidato à Câmara pelo PS? É quase certa a candidatura de Andrade Santos pelo PCP, sintoma do crescente vazio que se tem vindo a instalar.
Também neste termos, a crise não é pois, da democracia enquanto forma ideal de regime. Ela manifesta-se claramente nos partidos e políticos, que incapazes de perceber isso, continuam obcecados com reformas eleitorais (vide a cegueira dos círculos uninominais), hipotecando a urgência de encetarem uma reforma, sim, mas matizada por exercícios de auto-reflexão, acerca da sua posição e actuação ao serviço das populações.
Voltando a Évora e ao total falhanço do actual Executivo municipal (atascado no interior do saco roto das suas próprias promessas eleitorais), o PS não só vai ter dificuldades em apresentar um projecto credível aos eborenses, como vai assentar a sua campanha eleitoral no gasto e acanhado argumento da dívida deixada pelos outros. Verdadeiro discurso da tanga. E quanto a isso, só faz omoletas quem tem ovos e apesar de ser usual, propor aquilo que de antemão já se sabe não ser possível cumprir, só poderá ter o caminho da penalização pelos eleitores.
Se Marques Mendes (próximo Presidente do PSD) diz estar empenhado em candidatar «os melhores» para as principais cidades, nesse caso a disputa eleitoral será agradavelmente dura.
Mas do lado da procura (eborenses) também muita coisa tem que mudar para que não se repitam mandatos tão frustrantes como este.
1 comentário:
Pelo PS creio que não há dúvidas quanto à primeira figura. Ela será, certamente, o Dr. José Ernesto d'Oliveira. Para isso bastará notar algumas recentes modificações na linguagem e nos comportamentos, bem como na inédita capacidade de reacção e resolução de situações delicadas e potencialmente polémicas (casos do SHE e EBORAMUSICA).
A primeira dúvida que se coloca será a de saber quem serão os acompanhantes. Algum dos actuais vereadores resistirá? ou serão, como prevejo, imolados e apresentados como os "bodes expiatórios" do falhanço deste executivo?...
A segunda dúvida reside no conteúdo do Programa com que se apresentará ao eleitorado. Terá o Dr. Ernesto, após 8 anos de membro da CME (4 em minoria e 4 em maioria), percebido, finalmente, os procedimentos, os timings e as capacidades de execução de um município?... É QUE O PROGRAMA COM QUE SE APRESENTOU HÁ 4 ANOS, NÃO É REALIZÁVEL NEM EM DOIS MANDATOS.
Contudo, a maior incógnita reside na (in)acção do PSD e na capacidade e qualidade do candidato que irá apresentar.
Um abraço,
Manoelinho
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