O desenvolvimento das sociedades industriais pode conduzir a um maior envolvimento político das comunidades, em alternativa à participação convencional das eleições, da democracia representativa e dos partidos. Isso é comprovado pela emergência dos novos movimentos sociais. Neste caso em particular, impressiona, não uma ruptura com a representação ou os órgãos de legitimidade política, mas sim a rejeição do domínio dos partidos, muitas vezes desenquadrado das necessidades e especificidades locais. É, em parte, uma manifestação de rejeição do «centralismo democrático», o qual está presente no PCP mas também na forma de organização político-administrativa de Portugal (ainda que um pouco mais dissimulada). O epicentro é naturalmente o Terreiro do Paço.
19 de março de 2005
Movimento independente de cidadãos
Apresentação informal da lista de independentes à Câmara Municipal, na ressaca da posição assumida pelo Comité Central do PCP. A exigência pela aproximação ao modelo de democracia directa é bem patente nesta demonstração de cidadania, em que centenas de munícipes convergiram a um espaço que se revelou pequeno, para manifestar o seu apoio a uma lista independente, liderada por Alfredo Barroso.
É neste envolvimento activo dos cidadãos que radica verdadeiramente a ideia de democracia como «governo do povo».
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2 comentários:
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és...
A água, não só devia ser um bem público como é um recurso escasso. Pessoalmente, defendo um aumento brutal do preço da água, mas isso é outra história...
Ah, já agora, já que o meu amigo tem a tendência em se apropriar de concepções morais, deixe-me dizer que nesse campo - o do «bem público» - o PCP não tem legitimidade para ensinar ninguém.
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