30 de abril de 2005

Páteo da escola



Assim eram passados os gloriosos intervalos na escola primária. As condições eram semelhantes, sala 1 contra sala 2. Se o campo «grande» estivesse ocupado pelos matulões da 4ª Classe, cá nos arranjaríamos entre duas árvores e os bancos de madeira.

Quando iniciado, o jogo parecia não ter fim, arrastando-se muito para lá da sentença do toque, metálico e estridente. Eternizava-se o célebre «quem marcar golo ganha!», vezes sem conta. A noção do tempo acabava por nos ser devolvida amargamente, quando um de nós era içado pelas orelhas e então nesse preciso momento, a dura realidade dos «problemas» e da «História de Portugal» abatia-se sobre nós.

Mas notem bem como seria se nesses tempos, para além da geometria imprecisa do campo - e até das regras do jogo - tivéssemos uma assistência entusiástica em redor, como nesta foto? É que as miúdas não nos ligavam nenhuma, preferiam dedicar-se àqueles jogos imbecis e irritantes.

Raios, como invejo a glória daquele campo...

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