11 de abril de 2005

Quem deve ou não ter ambições, segundo Isaltino

Antes do inicio do congresso do PSD, quando instado a se pronunciar sobre a moção que viria a ser apresentada por António Borges, Isaltino Morais, lacónico, sentencia que podem haver diversos tipos de moções. A sua será seguramente diferente da moção de Borges porque «como toda a gente sabe em Portugal, ele tem aspirações a ser Primeiro-Ministro».

Ao fazer esta distinção fundamental, Isaltino não só abdica de ser qualquer coisa, como se refere às supostas ambições de António Borges como se de um crime se tratasse, como se fossem ambições que um político devesse descartar à partida.

Algo parece enviesado nas concepções políticas de Isaltino Morais. Então se não houverem políticos no seu partido com tais e legítimas aspirações, para que serve o congresso? Ou só ele e os que o rodeiam terão legitimidade para isso?

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