18 de junho de 2005

Água mole em pedra dura...

Passou uma semana sobre os incidentes de Carcavelos e é curioso notar como o número de jovens que varreram a praia (cerca de 5 centenas), sustentado há uma semana nos meios de comunicação social e confirmado pelas autoridades policiais, parece desvanecer-se com o tempo. Sinais dos tempos, diríamos antes...
É que hoje, um pouco surpreendentemente, o jornal Público conseguiu comprimir toda aquela gente num programa bem melhor que o win zip. De 500 para 50. Talvez tenha sido lapso da redacção. Ou talvez não.
Agora, a quantos lapsos de redacção somos nós sujeitos diariamente? Lapsos de redacção ou orientações?
Água mole em pedra dura, tanto bate até que não há problemas sociais em Portugal?
Veio isto a propósito da manifestação convocada por uma tal frente nacional (já há de tudo, até destes mentecaptos com insuficiência mental crónica). Ao que parece, esses tais insurgiram-se contra esses incidentes, muito populares no Brasil há já 10 anos e dão pelo nome de arrastões. Cá, denominam-se incidentes. Muito menos prosaico, à semelhança de Portugal.
Mas se foram apenas 50 os indivíduos que passearam em passo acelerado pela praia de carcavelos, de que se queixam então esses que se manifestaram? No jornal dizia 400, mas também pode ter sido inflaccionado por algum jornalista com doença de parkinson. Se calhar eram aí uns 40, ou menos. Portanto não há razão para pânico.
Água mole em pedra dura, tanto bate até que isto é um paraíso.
E já é!
Mas apesar disso, nunca fiando... Talvez não fosse má ideia que os tipos de bigode ou os gajos de cabelo pintado pedissem asilo humanitário noutro país, não vá alguém manifestar-se contra pêlos a encimar o lábio superior ou tinta no cabelo.

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