17 de março de 2006

Democracia, Democracias

Implementar de estaca, a democracia contemporânea à imagem sacralizada do Ocidente em locais a atravessar um tempo histórico discordante, é uma ilusão colectiva. Uma coerção cultural eivada da inevitável hostilidade simbólica. Em locais a reviver neste tempo histórico os nacionalismos exacerbados, imbuídos da verve medieval. Locais onde as luzes não chegaram, locais que enfim, queimaram uma série de etapas para manusear artefactos e tecnologia contemporânea. Não é determinismo desenvolvimentista. É a assunção de um caminho coxo para alcançar um sistema político com uma orientação muito específica no domínio dos princípios de igualdade, liberdade na afirmação dos direitos humanos, sociais e políticos. Veja-se o Iraque, Angola, a Birmânia ou a Madeira. Sobeja a diacronia perfilhada num único tempo histórico.

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