18 de abril de 2006

Sem Significado, Somente Tu



Fernand Léger, The Mirror, 1925


Procuro ver nos olhos e jeitos das pessoas, a sua animalidade intrínseca. A ferocidade segura pelas débeis e culturais pinças da civilização.
O estertor de um olhar rapino,
No esgar faminto ante o alvo titubeante,
A astúcia de um movimento pendular,
Indisciplinadamente belo,
A retracção apreensiva de um corpo sem abrigo ou arma,
Onde o chão não é tingido por fundamentos,
Onde é magna a sobrevivência.
Na sua forma mais cruel e naturalmente antropológica. Despida da pele axiológica emprestada.
A gutural natureza humana.

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