31 de julho de 2006

à tout propos (220)

Perante uma ONU moribunda, sem capacidade de reacção na mediação e intervenção em conflitos internacionais, manietada pela opacidade de um Conselho de Segurança obsoleto, pouco ou nada dissuasor e constituído em primeiro e último lugar como arma de conveniência imperial jogada segundo a medida de interesses estratégicos de quem nesse tabuleiro pode intervir... Não será já mais do que tempo para dizer basta?

Independentemente do trabalho possível, desenvolvido pela UNICEF, FAO e outros organismos de acção humanitária, a ONU tem sobrevivido apenas e somente porque legitima de uma forma dissimulada, os interesses dos impérios. Os que são, os que foram e os que aspiram a sê-lo.

Mas não deixa de ser cínico como uma organização permite que nela sejam tomadas decisões que provocam ou não evitam a destruição, a guerra, a morte e a fome, para posteriormente, activar operações humanitárias mediatizadas e eivadas do mais nobre espírito de solidariedade e benfeitoria. Para entreter e apaziguar os insurgentes…

Haja decoro e a sobriedade para admitir o falhanço da ONU, como falhou a Sociedade das Nações no passado. Admitido esse falhanço, é tempo de reformular o conceito ou simplesmente extingui-lo, poupando assim biliões de dólares, tempo e expectativas.

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