8 de agosto de 2006

Um Dever Moral Enquadrado na Ética da Responsabilidade Perante a Barbárie

Se em alguma ocasião no futuro, Portugal ou outro país da «velha Europa» vier a ser flagelado ou hostilizado por alguma outra nação sofrendo agressões de qualquer natureza, justificada ou injustificadamente, as suas populações têm o dever moral de não solicitar intervenção externa – diplomática ou militar – em ordem a repor a soberania do país, a não ser as ajudas humanitárias e o «campinho» de refugiados.

Este será o preço a pagar pela vista grossa que a Europa faz aos actos perpetrados por carniceiros apostados em fazer da sua bandeira, a bandeira do retorno à barbárie, ao far west, à imposição teológica (seja da coca-cola, seja da burka).

Nunca é demais recordar que há um ano atrás, o Líbano era considerado um exemplo em matéria de consolidação democrática no médio oriente, apesar de dar guarida ao Hezbollah, primos afastados do PNR…

A incapacidade da Europa em fazer valer os seus princípios e valores democráticos, humanitários e de rejeição da violência, tem-se revelado estrutural e extenuante. Nesse caso, para as populações civis que são chacinadas e estropiadas no Iraque, em Israel, no Líbano e em muitos outros cenários de guerra ou conflitos armados, a esperança de paz não poderá jamais residir nas pretensas boas intenções da Europa e da ONU. A diplomacia não resolve, a não ser a diplomacia armada, condicionada pela vontade e interesse de países como os EUA e dos que giram salivantes na órbita anal deste Golias.

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