20 de junho de 2007

Os amigos são para as ocasiões

A tendência de boa parte dos eleitores associar o seu sentido de voto nas eleições autárquicas à cor do governo, para daí, os seus lugarejos retirarem quaisquer tipo de favorecimentos, só reflecte essa ideia cancerígena e feudal que grassa, segundo a qual, os amigos são para as ocasiões… Não fica nada bem a Fernando Negrão invocar subliminarmente essa mesma ideia para justificar a sua desvantagem; nem a António Costa, servir-se dela para conquistar votos nas eleições intercalares de Lisboa. Nem um nem outro prestam um bom serviço à democracia. São regulares… mas isso também não é novidade. Novidade seria se, subitamente, o país interiorizasse a expressão: «amigo não empata amigo».
Se Costa ganhar, abrirá o caminho para a maior vitória política de Alberto João Jardim nos últimos 200 anos, porque não se aguentará com esta lei das finanças locais; a não ser que tenha bons e generosos amigos no governo...

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